Conjuntura política

Conjuntura política

A situação política atual é de fato decadente. Eça de Queirós 1871, escreveu algo que nos parece atual: “Estamos perdidos há muito tempo… O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada. Os caráteres corrompidos. A prática da vida tem por única direção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita… Ninguém crê na honestidade dos homens públicos… A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte, o país está perdido! Algum opositor do atual governo? Não”!

Parece que a crise vem de longe, nesse nosso país!

Infelizmente, a corrupção eleitoral ainda é um problema enraizado na mentalidade do nosso povo. Muitos acham natural a troca do voto por algum favor do candidato. É preciso instalar uma nova consciência política e mudar a situação com o nosso voto. Voto não se vende. “Voto não tem preço, tem consequências”. Não vote apenas levado pela propaganda, pela maioria, pelo interesse financeiro pessoal ou por pressão. Cada um é responsável pelo seu voto e suas consequências.

A corrupção econômica não é a única nem a mais importante. Pior é a corrupção dos costumes, da moral e, sobretudo, das ideias, com a implantação do relativismo, do materialismo e do ateísmo. Como cristãos, nós sabemos que a base da moral e da ética é a lei de Deus, natural e positiva, traduzida na conduta pelo que se chama o santo temor de Deus, ou a consciência reta. Uma vez perdido o temor de Deus, perde-se a retidão da consciência, que passa a ser regida pelas paixões.

É fundamental discernir o perfil ético e as verdadeiras motivações dos que se apresentam como candidatos. É necessário também examinar o programa do partido ao qual está filiado o candidato. Não vote em candidatos despreparados e sem metas claras, incapazes de uma política consistente: eles serão facilmente manobrados por outros.

Desconfie de candidatos oportunistas, dos que praticam a compra de votos, prometendo favores. É bom desconfiar de candidatos sustentados por campanhas financeiras vultosas que facilitam a compra de votos, pois eles podem tentar recuperar, de alguma forma, o investimento realizado, utilizando-se dos privilégios adquiridos no exercício da função publica. E não vote em partidos cujo programa contenha princípios contra a lei natural e cristã.


 

Autor: Centro de Formação Mons. Mauro Tommasini

Comunidade Javé Nissi

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