Deus nos ama

Deus nos ama

Deus nos ama! É a proposição mais simples que se possa imaginar. um sujeito, um objeto, um verbo, e contém o mais vasto pensamento que o homem possa conceber: Deus e o homem e, entre eles, amor!

O amor de Deus é uma realidade única, indivisível, como o é o próprio Deus. Todavia, Ele se revelou a nós concretamente, numa sucessão de gestos e de intervenções que se chama “história da salvação”. Podemos, por isso, conhecer o amor de Deus por nós.

Aparentemente Deus não tem o que amar a não ser a si mesmo. Sabemos que Deus, embora sendo único, não é solitário, nem mesmo na fase que precede a criação. De fato, tem consigo a Seu Filho, Sua imagem perfeita, a quem ama e por quem é amado com um amor tão forte a ponto de constituir uma terceira Pessoa: o Espírito Santo. Portanto existe já o amor em Deus, mas um amor incriado, trinitário, inacessível.

Contudo, nós não estávamos nem ausentes nem desconhecidos a Deus: Ele nos escolheu Nele antes da criação do mundo. (cf. Ef 1,4) Estávamos já contidos e contemplados no Seu amor, como criaturas ainda escondidas no seio e no pensamento d’Aquele que há de gerá-las e espera que venham à luz.

É a revelação desse amor oculto, o primeiro e fundamental ato de amor de Deus para com as criaturas; aquele que lhes dá o ser e o existir

Não bastava a Deus amar-se a Si mesmo; queria amar alguém e ser amado em retorno por esse alguém que estivesse fora d’Ele e para quem o amor revestisse um caráter novo: o de ser livre e gratuito.

O Amor de Deus se chama Jesus Cristo. Jesus é o Amor de Deus feito carne, é a manifestação visível e concreta do Amor do Pai: nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o Seu Filho único. (cf. 1Jo 4,9)

Mas Jesus não se contentou ser prova do Amor de Deus para com os homens. Ele nos amou, por Sua vez, com um amor divino e humano, porque era Deus e homem; o amor de Deus n’Ele também se fez subjetivo: Como o Pai me ama, assim também eu vos amo (cf. Jo 15;9); Eu vos amigos (cf. Jo 15, 15); A caridade de Cristo por nós desafia todo o conhecimento (cf. Ef 3,19).

Em Jesus, o amor de Deus deixou-se adequar à nossa condição humana, que tem necessidade de ver, de ouvir, de tocar de dialogar. Assim sabemos que Deus nos ama e como nos ama.

O Amor de Deus nos nossos dias, chama- se Espírito Santo. O amor de Deus que se manifestou em Cristo Jesus, permanece entre os homens e vivifica a Igreja através do Espírito Santo.

Que é, de fato, o Espírito Santo? É aquele amor recíproco entre o Pai e o Filho, que, após a ressurreição, se difundiu sobre os fiéis, como perfume que emana do vaso de alabastro partido e inunda a casa: O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. (cf. Rm 5,5) Nisto é que reconhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós, por Ele nos ter dado seu Espírito. (cf. 1Jo 4,13).

Assim se fez a revelação do amor de Deus pelo homem, no desenvolvimento da História da Salvação, até ao hoje da Igreja.

Que responderemos? Que diremos?

“Quem não amaria em retorno a quem assim nos ama?” (S. Boaventura); a contrapartida: amar em retorno a Deus que nos amou! Se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros (cf. 1Jo 4,11)

O mundo torna cada vez mais difícil acreditar no amor São muitas as traições, muitas as desilusões. Quem foi traído ou ferido uma vez, tem medo de amar e de ser amado, porque sabe quanto faz mal o desengano.

Mas nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. (cf. 1Jo 4,16)

É um momento decisivo na história da salvação aquele em que uma pessoa, ou melhor, ainda, uma comunidade, movida pelo Espírito Santo, diz, como o fazemos agora: “Deus nos ama, e nós cremos no amor!”

Que Deus os abençoe e a Vigem de Aparecida os guarde

Em Cristo


 

Autor: Tácito Coutinho – Tatá – Moderador do Conselho da Comunidade Javé Nissi

Comunidade Javé Nissi

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