CONSTRUINDO O AMOR PRÓPRIO

CONSTRUINDO O AMOR PRÓPRIO

Se formos sinceros e honestos conosco mesmos veremos que vira e mexe estamos nos confrontando com questões referentes ao amor próprio. Na prática tentamos mascarar isto com brincadeiras, desconversando e as vezes até praticamos bullying na tentativa de obscurecer a angústia que nos cerca.

Não é necessário nos assustarmos com isto, mas também não podemos tratar com indiferença total essa situação. Embora saibamos que nunca seremos perfeitos nem esteticamente ou em nossas relações, tais sentimentos podem e muitas vezes interferem em nossa conduta, decisões, renúncias e até nossos sonhos e projetos. O que não podemos permitir de maneira alguma é que esses sentimentos fiquem assombrando nossa vida. Quando formos confrontados por eles devemos nos posicionar, não para mascará-los, mas para resolvê-los.

A ausência do amor próprio desencadeia frustrações em série, de tal forma que por vezes nem percebemos como isso nos faz mal. Para tanto é possível traçarmos um caminho para a vitória. Vale ressaltar, como o próprio termo diz, “luta” demanda esforço, mas traz uma sensação inigualável, que podemos afirmar, somente quem já experimentou uma situação de superação, de aprimoramento de suas habilidades e vontades, que poderá testemunhar!

O primeiro passo nessa árdua caminhada é buscar se confrontar, não ter medo de dizer a si mesmo o que te angustia, qual a insatisfação que lhe aperta o coração, lhe traz vergonha e até medo, por conseguinte procurar lançar luzes sobre esta situação ou sentimento, se assim quiserem, para que então utilizando consciência crítica (ver o quanto de realidade existe neste sentimento/pensamento) possamos traçar um projeto, seja para superar o que estamos vivendo ou aceitar o que não podemos mudar. Vejamos alguns exemplos:

Se a causa dessa baixa autoestima está ligada a gordura chegou a hora de se programar com uma rotina de atividades físicas, melhorar a alimentação tanto na qualidade quanto na quantidade, procurar se possível orientação profissional, mas caso este recurso não esteja ao seu alcance a regra básica é a seguinte: comece aos poucos, caminhada de leve até que possa aderir a outras atividades físicas; troque algumas gorduras por saladas, refrigerante por água etc. Por outro lado pensemos que essa angústia é causada por você se sentir baixinho (a), neste caso não há o que mudar, perna de pau não vai resolver a situação, mas uma boa doze de autoconsciência ajudará muito. Considere o seguinte fato: não somos iguais, uns são altos, outros baixos, alguns tem o rosto fino, outros o rosto redondo, alguns tem pés bonitos e outros nem tanto etc. Muitas são as características em que somos distintos, bem como em muitas somos semelhantes, a regra de ouro é que aprendamos a nos amar justamente na diversidade. O fato de não sermos iguais nos permite a complementação. O mundo seria entediante se fossemos réplicas uns dos outros, embora de mesma raça e dignidade, somos distintos, pelo simples e grandioso fato de que Deus nos fez únicos e ao mesmo tempo parceiros uns dos outros.

A próxima coisa a ser feita é decidir amar-se! Não condicione seu amor próprio a condições estéticas, não há bonito ou feio, existem pontos de vista e vistas de um ponto, ou seja, o que para você não é bonito nem interessante para outra pessoa é. O X da questão é que assumamos nossa identidade, quem nós somos e como somos, que procuremos atuar no que podemos e que nos faça bem, mas acima de tudo que compreendamos que somos únicos, insubstituíveis, que contribuímos com o que somos e como somos. Nossa maneira de nos portarmos e de reagirmos ante as mais variadas situações forjam nossa personalidade, exprime nosso caráter, exala nosso encanto, determina nossa beleza e exalta nossa grandeza!

Não devemos temer nossas inquietações, não precisamos ter medo de confrontar nossas angústias, o que não podemos permitir é que pontos isolados de nosso corpo ou de nossos relacionamentos sejam fatores condicionantes ou pior determinantes em nossas vidas! Nós somos mais do que estética, somos mais que um fim de relacionamento! Somos humanos, somos criados por Deus com Amor, no Amor e para o Amor, logo, não nos rendamos a situações pontuais de nossa vida, mas transcendamo-las com nosso inigualável carisma de superação e adequação a novas realidades! Continuemos firmes! No próximo mês prosseguiremos nosso raciocínio! Shalom!

Autor: José Carlos Faria – Carlinhos – Teólogo – Comunidade Javé Nissi

Comunidade Javé Nissi

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