Viver bem é um desafio para os novos tempos!

Viver bem é um desafio para os novos tempos!

“Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranquilo e sem temor do mal”.(Provérbios 1:33)

 Somos frutos de uma sociedade globalizada, que é identificada pelo crescente desapego nas relações interpessoais, um individualismo exacerbado, cultura do hedonismo e do consumismo. Somos, ainda, conhecidos pelo desinteresse pelos fenômenos sociais e vidrados no consumo. Ao mesmo tempo, somos reeducados pela velocidade em que as mudanças acontecem e pela sobrecarga de informações que recebemos. Nessa constante, é quase inadmissível sentir tristeza, o que nos torna instáveis e inseguros e nos faz perder a autenticidade.

Viver bem é um desafio para os novos tempos! Essa ideia passa para o campo da subjetividade, onde cada um prioriza o que o faz bem e feliz. Mas não podemos deixar de falar em algumas atitudes que provocam harmonia e bem-estar na vida da maioria:  sabedoria, autoconhecimento, autenticidade, família e a fé.

Para tais conquistas, percorremos um caminho: a palavra sabedoria vem do latim “sapere”, que significa conhecer, saber, sentir gosto. O homem dos saberes (sábio) diante da multiplicidade tem pressa de saber sobre tudo, na cega avidez de querer conhecer tudo a qualquer preço, mas procura as coisas dignas de serem conhecidas. Este é o grande dilema do mundo globalizado, dito pós-moderno: ser sábio!

O autoconhecimento é um processo lento que exige confiança. A espera necessária para alcançar aquilo que buscamos – uma profunda consciência acerca de quem, de fato, somos – somada à autenticidade será suportada se existir dentro de nós confiança de que atingiremos nossos objetivos. Essa junção é que nos tornará sábios, pois, à medida que nos conhecemos, somos cada vez mais autênticos, ou seja, equilibramos, equiparamos a nossa essência, que é única, com a nossa forma de estar e agir no mundo, sem a necessidade do consumo desenfreado.

Neste ponto, a família é a grande responsável por quem somos: até o sexto ano de vida, temos conteúdo suficiente para termos nossa personalidade pré-definida. Algumas das nossas características são inatas, mas o meio em que vivemos influi de forma rigorosa no que somos, portanto precisamos da figura materna e paterna para oferecer as regras, a moral, o apoio, o acalento, a segurança, o afeto e as boas vivências. Na relação familiar constroem-se indivíduos saudáveis e capazes de viver em sociedade.

Em paralelo, um indivíduo que consegue desfrutar de todos esses sentimentos e que carrega a marcante presença familiar, é provável que tenha fé! Essa virtude é a que mais nos traz paz de espírito, pois é companheira inseparável da perseverança e aceitação, imprescindíveis para passarmos pelos momentos difíceis de atribulações em nossa vida.

Ao final do nosso caminho, teremos a compreensão de que viver de forma saudável na sociedade pós-moderna, globalizada, é possível, desde que coloquemos em prática esses requisitos básicos, pois assim, viveremos uma rotina de respeito consigo mesmo, conseguiremos olhar para as vicissitudes da vida com fé e esperança, consequentemente estaremos inseridos em uma rotina mais prazerosa e menos estressante.


 

Autor:  Lú Cazaroto – Psicóloga – Comunidade Javé Nissi

Comunidade Javé Nissi

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