Juventude e Reforma Política uma Relação Esperançosa?
Eis um tema que esta altamente em voga em nossos dias! Uma questão político partidária, ética e moral? A reforma política: partido ou pessoa?
Antes de ser partidária, a política se faz na e com a pessoa, portanto, é de ordem ética e moral. Pois não é o partido que faz a pessoa, mas a pessoa que faz o partido! No entanto, sobressai uma pergunta neste conceito: A pessoa não está sujeita ao partido? Podemos dizer que sim, mas primeira coisa que um bom político faz ao se filiar em um partido é observar se este lhe dá objeção de consciência.
Quero lembrar que faço aqui uma leitura religiosa cristã, isto é, para tais afirmações que proponho, levo em consideração um candidato autenticamente cristão, em outras palavras, um mártir! Bem sei que a afirmativa traz ares de utopia! Mas como pensar em reforma política se não crermos no homem novo, segundo o coração de Deus?
Somente com uma nova mentalidade, com um coração novo, que almeje serviço e não poder é possível acreditar numa autêntica reforma política.
Enganamo-nos quando militamos (Atuamos) somente contra partidos, pois nos esquecemos de que partidos são constituídos de pessoas. Nenhum partido político atende integralmente os princípios evangélicos. Logo ou criamos um partido totalmente cristão, ou apresentamos a estes partidos já existentes homens e mulheres autenticamente cristãos! Devemos trabalhar primeiro a pessoa e depois a estrutura. Em síntese: devemos votar na pessoa e não no partido! Se a pessoa atende aos princípios cristãos, certamente não se venderá por benefícios e nem cederá à pressão ainda que lhe custe o cargo ou a vida. Não podemos pensar o exercício político fora do âmbito ministerial, isto é: Trata-se de uma vocação que é um misto de realização e martírio! A vocação é a convergência de nossas vontades à vontade de Deus, logo toda vocação supõe martírio! Morrer para si mesmo buscando viver para Deus.
Neste sentido considero validamente a iniciativa da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) com o OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que vem realmente de encontro com a necessidade atual, principalmente no que tange o financiamento político por empresas, onde os candidatos recebem fortunas para suas campanhas, e os patrocinadores em sua grande maioria não o fazem sem segundas intenções. A proposta consiste em que nas próximas eleições seja proibido este tipo de patrocínio. Nossa realidade política é penosa, tendo em vista o alto índice de corrupção e a ostentação do poder, que em essência deveria ser serviço.
A juventude tem dado ares de renovação neste cenário, uma vez que estão questionando projetos, partidos e até pessoas! Infelizmente ainda nos falta melhores opções de voto no quadro político atual, teremos de aplicar o princípio básico da moral: Optar pelo mal menor! Com isto, solicito aos jovens que nos empenhos em dar ao cenário político ares de esperança, nossos passos se iniciam no voto consciente, nas devidas cobranças a aqueles que elegemos e por consequência na adesão de novas vocações que possam mudar o cenário político, preenchendo de esperança o povo brasileiro que já está cansado de ser enganado! Vinho novo em odres novos!
Autor: Carlinhos Faria