Ama e Faze o que Queres

Ama e Faze o que Queres

O amor é a essência de Deus e a razão de existir do ser humano. Nascidos para amar, toda vez que fugimos deste principio nos escravizamos, pois o amor liberta!

Esta frase de Santo Agostinho “Ama e faze o que queres”, por vezes foi e é deturpada, por não compreenderem seu sentido. A interpretação é bem simples, basta ler na ordem correta: AMA e faze o que queres e não o contrario!

Em outras palavras, aquele que ama verdadeiramente cumpre toda a lei (vontade de Deus) por dentro. Nem se quer pensa em violá-la.

Considerando que este texto está direcionado a juventude, me parece muito oportuno uma palavra sobre a cura interior ou cura do coração.

Sedentos de amor

É possível dizer que nós nascemos com um vazio interior que é preenchido no amor, na medida em que somos amados vamos sendo curados desse vazio, dessa angustia, dessa carência. É valido ressaltar aqui que o ser amado vai além de gestos de carinho, é ter no amante um porto seguro, como uma criança vê nos pais este porto seguro, assim também é a qualidade do amor que no mais profundo do nosso ser nós buscamos.

Já não é novidade para ninguém que muitos jovens, inconscientemente, entram nas drogas, na prostituição e demais desvios morais, tentando na verdade preencher esta lacuna interior.

Aqui se faz muito importante a consciência de que não podemos nos fazer de coitadinhos, antes devemos ser ousados no amor, crer que pela nossa decisão de amar, podemos mudar nossa história e a daqueles que conosco vivem.

Temos visto muitos casos de filhos, cuja família vivia em pé de guerra, e onde estes eram os mais prejudicados, contudo ao se abrirem a experiência de amor, neste caso em primeiro lugar ao amor de Deus que é capaz de suprir todas as nossas carências e realmente dar sentido ao nosso ser, são transformados e consequentemente transformam o ambiente em que vivem.

Famílias inteiras são restauradas quando um de seus membros se abre verdadeiramente ao amor de Deus.

Em Deus não somente somos amados e compreendidos no mais profundo do nosso ser, como também aprendemos a amar e compreender as pessoas em suas dificuldades, o amor de Deus nos faz misericordiosos, ao passo que todas as vezes que nos fiamos no amor dos homens (refiro-me aqui ao ser humano independente de gênero), tornamo-nos egoístas e supérfluos. Em Jesus nós aprendemos que o amor de Deus é um amor de doação (Jo 3,16) e desinteressado.

Enquanto Deus não ocupar o centro de nossas vidas, nunca saberemos concretamente o que a experiência de um verdadeiro amor.

Já dizia Santo Agostinho: “Aqueles que pretendem encontrar a alegria fora de si, facilmente encontram o vazio. A busca de Deus é a busca da felicidade. O encontro com Deus é a própria felicidade”.


 

Autor: Carlinhos Faria – Teólogo – Membro da Comunidade Javé Nissi

Comunidade Javé Nissi

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