Batismo no Espírito início da vida no Espírito

Batismo no Espírito início da vida no Espírito

“Se vivemos pelo Espírito, caminhemos também sob o impulso do Espírito”. (Gl 5,25)

O batismo no Espírito Santo é uma introdução à vida do Espírito, que opera em nós uma mudança, permitindo-nos experimentar a Sua presença e a Sua ação em nós. É Deus morando em nós de um modo novo. É um princípio e não uma garantia que o Espírito permanecerá em nós sempre da mesma maneira. É preciso continuar a viver a vida do Espírito, e, mais ainda, cultivá-la, crescer nela.

Além disso, essa vida deve ser partilhada com a nossa comunidade. Envolve-nos em um novo relacionamento com ela, num mútuo dar e receber do dom do Espírito, que está, ou deve estar, em todos.

A vida do Espírito é uma vida na qual o cristão pode ter a experiência do Espírito Santo vivendo nele e agindo através dele. A maioria dos cristãos, hoje, não vive a vida do Espírito. Vive a vida cristã baseada na doutrina, no conhecimento doutrinário e na prática religiosa. Tentam pautar as suas vidas pelos ensinamentos de Cristo. Mas não experimentam a Sua presença.

Quando uma pessoa está vivendo a vida do Espírito, sabe por experiência que o Espírito Santo está nela. Não precisa “aceitar isso na fé”, no sentido de crer sem qualquer” experiência que o prove. Quando uma pessoa está vivendo a vida do Espírito, começa a experimentar o Espírito Santo agindo de forma a permitir-lhe louvar a Deus e adorá-Lo com uma nova liberdade. Experimenta o Espírito Santo vivificando as Escrituras e dando sentido à doutrina cristã. Experimenta uma nova capacidade para falar de Cristo às pessoas, e uma alegria e uma paz mais profundas.

A vida do Espírito implica também a experiência de uma nova espécie de vivência comunitária — a de uma comunidade vivendo “no Espírito”. A vida do Espírito não é para ser vivida individualmente. O Espírito nos é dado para formarmos o Corpo de Cristo, e a vida do Espírito tanto é vivida pela comunidade como pelo indivíduo.

A comunidade cristã: testemunho da vida no Espírito

As relações fraternas de comunhão foram o sinal de sua credibilidade da primeira comunidade: “Vejam como se amam”. Os que observavam ficavam impressionados com a alegria, a simplicidade de coração, o amor fraterno efetivo. Viviam conforme sua fé: “Aquele que não ama seu irmão que vê, não pode amar a Deus que não vê” (1Jo 4,20).

A Comunidade fraterna é um sinal profético daquilo que poderia tornar-se o mundo se acolhesse Jesus como seu Senhor e Salvador. A raiz última dos males deste mundo é o pecado. Somente Jesus pode transformar na profundidade o coração humano e, por conseguinte, as estruturas, gerando assim “a civilização do amor” (João Paulo II).

Autor: Tácito Coutinho – Tatá – Moderador do Conselho da Comunidade Javé Nissi

 

Comunidade Javé Nissi

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