Prepare-se: você será mãe por toda a vida!
“Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentei a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus.” (Fl 4, 4-7)
Talvez, de todas as escolhas que devem ser feitas durante toda uma vida, a decisão de ser mãe provavelmente é a mais difícil, pois, com ela existe a muda psicológica, social, familiar, financeira e biológica.
Desde muito cedo, meninas são preparadas para ser mãe: seja no ato de brincar de boneca ou mesmo de ensiná-la a ninar. Biologicamente, a mulher já nasce pronta para ser mãe, no entanto, o que determina se ela deve ser mãe são seus sonhos, anseios e idealizações.
Partimos do pressuposto que a mulher tem saúde física e mental e também está em matrimônio: o querer tornar-se mãe é um dos quesitos básicos para a concretização da maternidade, pois, é do desejo e das expectativas diante do ter um bebê que parte a educação e o significado que o filho vai ocupar na vida dos pais. Uma mulher que deseja doar-se ao filho, que se consagra como mãe e exerce a maternidade – consegue desprender-se de si (se ausentar da vida social e do trabalho) e a tem como um ato prazeroso e consegue ver recompensas nesse ato, podem pensar sem receios em ter filhos.
A maternidade não pode ser sentida somente como dolorosa e não pode servir para preencher lacunas de solidão e muito menos como apoio para sentir-se melhor ou como forma de competição e para satisfazer um desejo de algum outro membro da família.
A experiência de cada mulher, de cada mãe, é pessoal, única e incomparável. Saber que existem papéis a serem desempenhados em cada fase e que cada mulher atribui um sentido diferente é um quesito importante na hora da decisão: mulheres pós-moderna querem desempenhar vários – ser mãe, esposa, profissional, amiga, filha e ainda feminina, e cada papel pode ser desempenhado (no tempo e na medida). É um desafio e uma possibilidade que deve ser consciente.
Autor: Lú Cazaroto – Psicóloga – Comunidade Javé Nissi