Adotar é doar-se!

Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança. E a esperança não engana. Porque o amor de DEUS foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 4, 3-5)

A adoção é um assunto pouco discutido e, frequentemente, doloroso para casais que sonham em ter um filho. Além disso, é uma atitude desafiadora, visto que há uma distância entre os pais que desejam ter um filho e as crianças que desejam ter uma família.

Adotar, portanto, ultrapassa o âmbito físico e emocional, abrangendo também aspectos sociais e jurídicos.
Para que se possa qualificar o assunto, é preciso saber que a maioria das adoções “por acaso”, em que as famílias decidem adotar sem se estruturarem psiquicamente para receber essa criança, fracassa, pois é certo que esta não salva uma mulher neurótica nem crises conjugais. Nestes casos seria ainda mais desastroso para a criança ser adotada.

Uma criança que não pode ser criada com sua família biológica (pelos pais terem morrido; por serem desconhecidos; por não poderem ou não quererem assumir o desempenho de suas funções; ou por serem considerados inaptos), necessita do sentimento de pertencer a uma família. Um ser humano que pertence a uma família trará consigo a segurança de ser cuidado para que possa sobreviver, ter suas identificações, sentimentos e imagens que possibilitarão seu desenvolvimento emocional, físico e cognitivo.

Contudo, é interessante pensar quais são as expectativas, motivações e desejos que fazem esses casais desejarem a adoção. Sabe-se que ela não é um meio de resolver problemas sociais (como o abandono), mas aparece como um direito que todo indivíduo tem de ter e pertencer a uma família, pressupondo-se que ela esteja preparada psicologicamente para assumir até mesmo a história de vida anterior à adoção. Só assim estará apta a dar conforto, afeto e muito amor para que a criança tenha base para seu bom desenvolvimento.

Saiba mais sobre o assunto no livro ADOÇAO – O AMOR FAZ O MUNDO GIRAR MAIS RAPIDO de Halia Pauliv de Souza.

Autor:  Lú Cazaroto – Psicóloga – Comunidade Javé Nissi