Maria: única mãe escolhida. Está gloriosa no Céu
Não sei descrever a importância de minha mãe. Não a escolhi, mas Deus com perfeição, vendo que era bom, escolheu Inês para ser a minha. Você escolheu a sua?
Sem oportunidade de escolhas já temos a ideal. Imagina, então, Aquele único a escolher sua própria mãe, se não decidiria por uma tão perfeita. E assim a fez! Selecionou a mais bela mulher de todas e ainda a preservou das manchas do pecado. Escolheu a Virgem Maria.
O amor de mãe é o que mais se assemelha ao sentimento de Deus por nós. Jesus precisou de um colo materno e ao realizar seu primeiro milagre também necessitou da orientação de sua mãe. Cristo, mesmo sendo Deus, foi submisso a Maria. Tal obediência nos surpreende. Revela-nos o quanto para o Senhor a Virgem de Nazaré é necessária para o projeto da salvação. Mãe escolhida e mulher em que Deus depositou toda confiança.
Após a ressurreição Jesus subiu aos Céus. Não sabemos quanto tempo levou para que Maria fosse assunta para lá. Enquanto Filho e Mãe ficaram ‘separados’, alguns santos imaginam que Jesus sentia imensa saudade de sua mãe. E narram que certamente o Céu ficou em festa no dia da assunção, pois ansioso estava o Senhor com a chegada de Maria. Em agosto celebramos essa solenidade, a Assunção de Maria. Com ela estamos sonhando com o nosso futuro divino. A presença de Maria, humana como nós, que se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição. Ela está gloriosa e como diz o Salmo 44, “À Vossa direita se encontra a Rainha, com vestes esplendentes de ouro de Ofir.”
Até aqui, refletimos que Maria foi única mãe escolhida, que Jesus foi submisso a ela e que está gloriosa no Céu. Assim como a Virgem cooperou para a nossa redenção, ainda hoje continua a colaborar na salvação das almas. Prova disso são as aparições. Lembremo-nos da centenária, em Fátima, onde Nossa Senhora pediu a conversão do coração. Ela é a Porta do Céu e não se cansa de lutar pelas almas dos filhos que lhe foram confiados naquele dia do Calvário. Ao subir aos céus ganhamos uma intercessora. A medianeira de todas as graças que, clamada como advogada nossa, não se cansa de rogar por nós pecadores como diariamente pedimos na oração. Maria não ocupa seu lugar como quem já está de férias, mas sim como quem não se cansa de ser nosso perpétuo socorro nas mais diversas necessidades.
Em agosto, ao voltarmos nosso olhar para o Céu, contemplemos esse reencontro que os santos imaginaram. Maria sendo acolhida por Jesus e ali sendo coroada como Rainha. Mas, quando aqui na terra, nós a louvamos, jamais esqueçamos que ela não retém para si nenhuma das nossas homenagens, mas direciona todas ao Pai que com muito gosto as acolhe e sabe ser generoso para quem ama a mãe que Ele mesmo escolheu para ser a de Seu Filho.
Autor: José Eymard Miranda Leite Sobrinho – Jornalista e colaborador