Missão
Queridos irmãos e irmãs,
Graça e Paz!
É o Espírito que impele a anunciar as grandes obras de Deus. O impulso missionário pertence à natureza íntima da vida cristã (RMi 1).
Estamos no mês das Missões e Igreja convida a renovar o ardor missionário para renovar a fé e a vida cristã. A Missão renova a Igreja, revigora sua fé, dá-lhe novo entusiasmo e motivações. É dando a fé que ela se fortalece. A Missão é o primeiro serviço que a Igreja deve prestar ao homem e à humanidade inteira.
A missão da Igreja nasce da fé em Jesus Cristo. (RMi 4) Cristo vive na Igreja, adquiriu-a com seu sangue (At 20,28) e tornou-a sua cooperadora na obra da Salvação universal. Devemos anunciar a fé, pois “é crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega a salvação…Porém como invocarão aquele em quem não tem fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? E como pregarão se não forem enviados?” (Rm 10, 10 e 14-15a) O próprio São Paulo responde: “Ai de mim se não evangelizar” (1Cor 8,16b). “Eu não me envergonho do Evangelho, que é força de Deus para a Salvação de todos os que creem” (Rm 1,16).
Os mártires deram e continuam a dar suas vidas para testemunhar aos homens esta fé, convencidos de que cada homem necessita de Jesus Cristo, o qual destruindo o pecado e a morte reconciliou os homens com Deus. A missão deriva da experiência da vida de Deus em nós
Esta missão é envio no Espírito. Jesus Cristo envia os seus ao mundo, como o Pai O enviou; e para isso concede-lhes o Espírito (Jo 20,21-22). Há estreita relação do testemunho que os Apóstolos deverão prestar de Cristo com a ação do Espírito Santo, que os capacitará para cumprir o mandato recebido (Atos 1,8). A missão da Igreja tal como a de Jesus é obra de Deus, é obra do Espírito Santo.
O nosso tempo exige um renovado impulso missionário. Os horizontes e as possibilidades da missão alargam-se e nos é pedido a coragem apostólica, apoiada sobre a confiança no Espírito. Ele é o protagonista da Missão.
Irmãos e irmãs, é o fervor que observamos na vida dos grandes santos e missionários que precisamos avivar em nós. Eles souberam superar muitos obstáculos que se opunham à evangelização e à missão e o obstáculo que percebemos hoje é a falta de fervor.
A falta de fervor se manifesta no acomodamento e no desinteresse, nas desculpas e protelações, na falta de alegria e de compromisso, no desânimo e omissão de muitos evangelizadores. Somos exortados a alimentar sempre o fervor espiritual (Rm 12,11).
Conservemos o fervor do Espírito, conservemos a suave e reconfortante alegria de evangelizar mesmo quando for preciso semear com lágrimas! Que anunciar a mensagem salvadora de Cristo, constitua a grande alegria de nossas vidas. E que todos possam receber a Boa Nova de missionários, não desanimados, cujas vidas irradiam fervor, pois experimentam a alegria de Cristo e aceitaram arriscar a sua própria vida para que o Reino seja anunciado e a Igreja seja implantada no Mundo (EN 80).
Não podemos ficar tranquilos ao pensar nos irmãos e irmãs, também redimidos pelo Sangue de Cristo, que ignoram o Amor de Deus. A causa missionária deve ser para nós como para toda a Igreja, a primeira de todas as causas, porque diz respeito ao destino eterno dos homens e responde ao desígnio misterioso e misericordioso de Deus (RMi 86).
A missão da Igreja não é facultativa. É um dever imposto por mandato do Senhor Jesus a fim de que os homens possam acreditar e serem salvos. Esta mensagem é necessária, é única e não pode ser substituída.
Peçamos a Nossa Senhora Aparecida, cuja Festa é celebrada este mês, que interceda por nós pecadores, para que respondamos com sinceridade de coração a tão digno mandato.
Em Cristo.
Tatá