Maria, Mãe e exemplo
Nós terminamos o ano celebrando na liturgia a “Sagrada Família” e iniciamos o novo ano celebrando a “Solenidade da Santa Mãe de Deus e Mãe da Igreja”.
Falar em Maria e seu envolvimento com a família é algo muito especial. Cada ação que conhecemos da nossa querida Mãe é um ensinamento. São exemplos perfeitos sobre os quais devemos refletir mais para podermos conduzir melhor nossas famílias.
A nossa devoção a Ela se baseia no amor. E amar a Maria é fazer o que Ela deseja e evitar o que lhe desagrada. Quem ama se volta para a pessoa amada, alegra-se e está disposto a tudo por quem ama. E amar Maria faz com que cresçamos na humildade e na confiança em Deus.
A SAGRADA FAMÍLIA E A NOSSA FAMÍLIA
A sagrada família é proposta pela Igreja como modelo de toda família cristã. Primeiramente, pela supremacia de Deus profundamente reconhecida na casa de Nazaré.
Deus está sempre em primeiro lugar, tudo lhe é subordinado! O sofrimento é abraçado com profundo espírito de fé. Vêm em cada circunstância a manifestação de um plano divino, embora muitas vezes envolto em mistério.
Quando a vida de uma família é inspirada em semelhantes princípios, tudo corre em perfeita ordem. A obediência a Deus e às suas leis leva os filhos a honrarem os pais, estes a amarem-se e compreenderem-se mutuamente e a quererem bem aos filhos, educando-os em um clima de amor e confiança.
O Evangelho põe em relevo a inconfundível fisionomia espiritual da Sagrada Família. Maria e José ao apresentarem Jesus no Templo, mais do que cumprir uma formalidade segundo a lei judaica, renovaram a Deus a oferta de sua submissão.
Em nossos dias são muitos os fatores que condicionam a vida familiar, podendo eventualmente distorcer a educação e formação dos filhos. Vemos o materialismo que tenta afogar a fé, tornando ídolos o poder, o dinheiro e o prazer. Corrompendo as pessoas e destruindo progressivamente a fortaleza das famílias.
As famílias católicas são chamadas assim, a transmitir aos seus membros mais novos uma fé eclesial que os diferencie como cristãos católicos. Os casais têm, por isso, uma particular responsabilidade perante a Igreja.
Responsabilidade cada vez mais difícil de levar a diante, num contexto social e cultural que promove a indiferença religiosa ou apresenta o ateísmo como atitude “sensata” e “esclarecida”.
MARIA – MÃE DA IGREJA E RAINHA DA FAMÍLIA
Deus quis entrar na história por meio de uma família. Maria só pode ser considerada Rainha por que deu à luz o Rei dos reis. E a Virgem Maria, sendo a Mãe da Igreja, seja também a Mãe da “Igreja doméstica”.
Ser Igreja-Família significa viver no lar as três grandes características do todo batizado: ser profeta, sacerdote e pastor.
Ser profeta no lar significa cultivar a Palavra de Deus. A Igreja-família lê, medita, partilha e pratica a palavra. Não basta ter devoção à Palavra, deixando a bíblia aberta em um Salmo qualquer. É preciso ler. Ser Profeta no Lar é educar os filhos na fé. Os esposos prometem isso no dia do seu casamento. Não basta mandar os filhos para a catequese. É preciso, desde pequenos, ensinar-lhes as primeiras orações, levar o filho à Igreja, rezar em casa.
Ser Sacerdote no lar é torná-lo um lugar de oração. Há momentos mais fortes de oração em família. A noite de Natal é um deles. Não basta trocar presentes. É preciso sentir Deus presente.
Ser Pastor – Servidor no lar é tornar a Igreja Família num espaço da Prática do Amor. Um espaço da prática do serviço entre seus membros. Pai e mãe são pastores deste pequeno rebanho. A primeira e principal Pastoral de todo marido e mulher é em sua própria casa.
Fonte: Severino Alves: http://severinoalves.blogspot.com.br/