Chamados à santidade
Jesus no Sermão da Montanha nos fala da santidade e conclui : “Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 48) Ser perfeito é ser Santo como Deus é Santo. E santidade é integridade; ser santo é ser íntegro, como nos diz São Paulo: “Deveis ser filhos de Deus íntegros, no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, ostentando a palavra da verdade” (Fl 1,14-15), tudo o que atenta a essa integridade deverá ser descartada da nossa vida, se realmente quisermos atingir nosso fim último: a santidade.
A santidade na Igreja, Corpo Místico de Cristo, é dom perene do Pai, do próprio Cristo e do Espírito Santo; pois o próprio Senhor “amou a Igreja e se entregou par ela para santificá-la e purificá-la… para que fosse sempre Santa e imaculada” (Ef 5,2; 5, 25-28).
É o amor da Páscoa do Senhor, sua Morte e Ressurreição, que conquista a santidade para a Igreja, para todo o sempre. Pelo Espírito Santo, os fiéis são conduzidos à vida de santidade do próprio Cristo, sendo sempre mais santos.
O caminho da santidade supõe em primeiro lugar conhecer a Deus. O santo quer conhecer sempre mais a Deus, o qual – em Cristo e no Espírito – se comunica pela sua Palavra. Devemos cultivar um grande amor à palavra de Deus e sua vivência. A palavra de Deus “toma incremento no mundo inteiro e produz frutos sempre mais abundantes” (Cl 1,6).
Em segundo lugar, um profundo desejo de uma vida de oração. Santidade pressupõe oração que faz os santos, mantendo-os em profunda comunhão com a fonte da santidade que é o próprio Deus. A força da oração lembrada por Jesus: “Tudo o que pedirdes com fé na oração, vós o alcançareis” (Mt 21,22).
Em terceiro, mas não menos importante, a docilidade ao Espírito Santo e suas inspirações; a busca de uma vida cheia de seus frutos (Gl 5,22) e seus carismas (1Cor 12-14). Os carismas, em si, não são necessariamente sinais de santidade na vida dos fiéis; mas, oriundos do Espírito, nos conduzem a ela, sem dúvida; são sinais de uma crescente submissão do fiel ao Espírito Santo.
Em quarto, sublinhamos a participação Sacramental. Buscar viver em plenitude a vida de Cristo nas celebrações litúrgicas da Igreja. A celebração Eucarística é luz para os que buscam a santidade verdadeiramente. Na Sagrada Comunhão Jesus vem a nós para nos santificar, para nos libertar, para nos curar, para nos dar sua vida.
Por fim, a devoção a Nossa Senhora. Ela é a “Estrela da Evangelização”. Por ela, Deus deu ao mundo a maior graça: Jesus Salvador. Valorizamos Maria por sua Maternidade Divina e sua intercessão junto a Deus. Ela é Mãe de Cristo para no-lo oferecer; é Mãe dos homens para nos conduzir a Ele
A santidade estará sempre presente na vida da Igreja como uma exigência normal e fundamental de todo cristão. É a santidade “comum” de todos e acessível a todos. Somos chamados a discernir esses sinais de santidade. e deixar-nos animar por eles.
Autor: Tácito Coutinho – Tatá – Moderador do Conselho da Comunidade Javé Nissi