Carismas e Ministérios
Um ministério é um serviço específico dentro da Igreja, trabalho para servir à comunidade cristã, segundo o próprio significado da palavra latina “ministrae” nos ensina: servir, prestar serviço, prestar auxílio. Cada batizado é chamado a “crescer, amadurecer continuamente, dar cada vez mais fruto… na descoberta cada vez maior (de sua vocação) para vivê-la no cumprimento da própria missão” (ChL, 57,58).
O Catecismo da Igreja Católica e o CDC (Código de Direito Canônico) nos ensinam que, incorporados a Cristo pelo Batismo, os fiéis foram “constituídos como povo de Deus e assim, fiéis participantes, (…) chamados a exercer, segundo a condição própria de cada um, a missão que Deus confiou para Igreja cumprir no mundo” (Cat. 871).
Do múnus sacerdotal, profético e régio derivam-se os ministérios ou serviços à Igreja, quer pelo testemunho e oblação de vida, quer pela participação nos diversos serviços apostolares. Estes ministérios podem ser sacramental, como no caso dos sacerdotes, ou comum, como nos casos dos fiéis leigos: “Ao pertencerem a Cristo Senhor e Rei do universo, os fiéis leigos participam do seu múnus real e por ele são chamados para o serviço do Reino de Deus, e para a sua difusão na história” (GL, 14).
Na Renovação Carismática Católica, popularizou-se o termo “ministério” com o significado de “serviço”. É o termo utilizado por São Paulo, como veremos adiante. No Brasil, a Igreja hierárquica prefere utilizar o termo “pastoral”. O que importa, porém é estarmos todos – fiéis, leigos, sacerdotes e religiosos – convencidos de que, diante dos desafios eclesiais, sociais, econômicos, políticos e culturais, Não é lícito a ninguém ficar inativo” (ChL, 3).
Foi o próprio Jesus que, vindo ao mundo, exerceu o maior de todos os serviços e instruiu os seus para abraçar o serviço ao Reino na generosidade, caridade e obediência.
Autor: Tácito Coutinho – Tatá – Moderador do Conselho da Comunidade Javé Nissi