O Ano Novo chegou: é tempo de renovação!
“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rom 12,2)
“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes” (Albert Einstein). É com essa célebre reflexão que gostaria de começar nossa conversa, tão simples e tão complexa, a chegada do Ano Novo e a sensação de uma vida velha.
Sim, estamos iniciando um Novo Ano! Mas para as verdadeiras mudanças não bastam somente as ‘boas intenções’ e uma infinidade de rituais – festas, fogos, comidas típicas – é preciso sabedoria, motivação e muita fé! Para que elas ocorram efetivamente em nossas vidas, precisamos refletir e ter novos padrões de comportamentos: sabe aqueles comportamentos repetitivos que sempre temos e que sabemos que não são saudáveis? São eles que fazem os anos serem sempre iguais e cheios de erros e que frustram toda nossa expectativa de transformação.
Para um Novo Ano é necessário nova atitudes!
Terminamos um dos anos mais difíceis para a população brasileira: uma política corrupta que tira a esperança e sonhos de uma vida simples, digna e tranquila, arrancando de nós a educação de qualidade, a saúde básica, empregos e o direito de cidadania, introduzindo ideologias perversas que tiram o direito das famílias de educar seus filhos conforme presumem. Vivemos em tempos de perdas dos referenciais de dignidade, honestidade, fraternidade, humanidade, esperança e, consequentemente chegamos ao final de um ano sem muitas expectativas e receosos pelo que se aproxima.
As comemorações de final de ano, especialmente, são datas propícias para o renascimento de muitos sentimentos, chegamos nestas comemorações com um estado de espírito pouco experimentado em outras épocas do ano. Os reencontros, a alegria, o amor e a diversão tornam-se boas atrações. Em meio as vivências familiares, as partilhas de afeto, no prazer de estar com aqueles que tanto gostamos, usamos termos clichês, frases prontas, meios simbólicos para os agradecimentos e esquecemo-nos da consciência e do principal: O que é o Natal para você? O que espero do ano que chegou? Meus atos correspondem com os meus objetivos?
Ao repensarmos sobre o valor emocional do Natal e do Ano Novo, torna-se simples ajustar nossas expectativas e assumir comportamentos mais saudáveis e de acordo com nossos valores. Adotar novas perspectivas, substituindo o valor de consumo (muito valorizado atualmente) pelos valores emocionais, traz-nos a capacidade de planejarmos um bom caminho, assim, o Ano Novo chegará com muita determinação e vitalidade, dessa forma lidamos com o que há de mais verdadeiro e repleto de sentido.
Diante de uma sociedade que vivencia a crise do país, seja ela social, espiritual ou econômica, pautar as festas do fim de ano e todos os seus desejos para 2018 é permitir-se a frustração. Projetar no outro as mudanças que são de cada um de nós, pessoais e intransferíveis, não nos trarão novidades.
Portanto, para novos projetos e objetivos, para um ano rico em sabedoria, discernimento, boas vivências e um olhar transformador sobre a sociedade, precisamos sair dos padrões impostos pela coletividade e viver aquilo que há de mais importante e sublime: O nascimento do menino Jesus e com ele muitos ensinamentos – a humildade é uma condição para a sabedoria e abertura para o conhecimento e mudança, afastando-nos da arrogância e preconceito, fundamental para a convivência, diálogo e a cooperação, tornando-nos tolerantes e esperançosos. Com a intensidade destas experiências, experimentamos acesa a chama da Vida e do Amor.
Autor: Lú Cazaroto – Psicóloga – Comunidade Javé Nissi